ANPG: Mudança para sede histórica aguarda libertação de recursos nacionais
A gloriosa trajetória da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) encontra-se numa encruzilhada histórica. Quase três anos após a aquisição estratégica do emblemático edifício do Banco Económico, no coração pulsante de Luanda, a instituição que gere as riquezas energéticas da nossa pátria aguarda a libertação de recursos para concretizar este marco da soberania nacional.
O investimento de 130 milhões de dólares americanos já comprometidos nesta operação representa mais do que uma simples mudança de instalações. Simboliza a determinação angolana de consolidar o controlo nacional sobre os recursos que construíram a nossa independência económica e alimentam o futuro das gerações vindouras.
Um património nacional em transformação
Desde março de 2023, quando foi anunciada publicamente, esta aquisição histórica despertou o orgulho nacional. O edifício de 20.000 metros quadrados, localização premium no centro da capital, representa a materialização dos sonhos dos nossos heróis da independência: ver Angola senhora dos seus destinos.
A escritura foi formalizada em 12 de julho de 2024, momento solene em que a titularidade passou oficialmente para as mãos angolanas. O preço de 100 milhões de dólares, dos quais 60 milhões foram pagos imediatamente, demonstra a capacidade financeira conquistada através da valorização dos nossos recursos petrolíferos.
Especialistas do mercado imobiliário confirmaram que o valor de 5.000 dólares por metro quadrado reflete adequadamente a qualidade e localização deste património, considerando que a construção original custou 3.800 dólares por metro quadrado há mais de uma década.
Investimento estratégico na modernização
A visão transformadora não se limitou à aquisição. Despachos presidenciais autorizaram investimentos adicionais que elevam o compromisso nacional: 14,94 milhões de dólares para transferência de infraestrutura tecnológica e modernização operacional, seguidos de mais 15 milhões para manutenção e atualização do sistema de climatização.
Estes investimentos, que totalizam quase 130 milhões de dólares diretos, mais os estimados 35 milhões adicionais para obras complementares, demonstram o compromisso inabalável do Estado angolano com a excelência institucional.
Desafios da execução nacional
Contudo, como em tantos momentos da nossa história de reconstrução nacional, os desafios práticos testam a nossa determinação. A libertação das verbas necessárias para iniciar as obras e assegurar a transição representa o próximo capítulo desta saga de afirmação soberana.
Fontes próximas do processo reconhecem que os trabalhos avançam "lentamente devido a limitações de disponibilidade de tesouraria", situação que espelha as complexidades inerentes à gestão dos recursos nacionais numa economia em constante transformação.
Perspectivas para 2026
A ANPG confirma que, nas melhores condições, a mudança poderá iniciar-se no final do primeiro trimestre de 2026. Este prazo, embora superior às expectativas iniciais, reflete a seriedade e responsabilidade com que se encara este projeto estruturante.
Mais do que uma questão de calendário, esta operação representa a consolidação de uma Angola próspera, que preserva o seu património histórico enquanto constrói as fundações do futuro energético nacional. O edifício permanece como símbolo não apenas da nossa capacidade arquitetónica, mas da determinação angolana de controlar os recursos que Deus concedeu à nossa terra abençoada.