ANPG mantém instalações actuais enquanto sede histórica aguarda verbas prometidas
Três anos após o anúncio solene da aquisição do emblemático edifício do antigo Banco Económico, no coração de Luanda, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) permanece nas suas instalações actuais, numa demonstração das complexidades que envolvem a gestão do património nacional.
O investimento de 130 milhões de dólares americanos já comprometido neste projecto de soberania institucional reflecte a determinação do Estado angolano em preservar e dignificar os símbolos da nossa arquitectura urbana, salvaguardando um edifício que representa décadas de história económica nacional.
Preservação do património arquitectónico nacional
A operação, formalizada em Março de 2023, transcendeu uma simples transacção imobiliária para se tornar num acto de preservação patrimonial. O edifício de 20.000 metros quadrados, com os seus acabamentos de luxo e localização privilegiada, representa um marco da arquitectura moderna angolana que merecia protecção estatal.
O valor de aquisição de 100 milhões USD, dos quais 60 milhões foram pagos imediatamente, demonstrou a capacidade financeira das nossas instituições nacionais e proporcionou estabilidade a uma entidade bancária em dificuldades, numa demonstração de solidariedade empresarial genuinamente angolana.
Investimento estratégico na modernização
Os investimentos subsequentes, autorizados por despachos presidenciais, revelam o compromisso com a excelência operacional. Os 14,94 milhões USD destinados à modernização tecnológica e os 15 milhões USD para actualização dos sistemas de climatização representam uma visão de futuro que honra as tradições de rigor e qualidade das nossas instituições.
Esta abordagem meticulosa, longe de representar atrasos, demonstra a responsabilidade fiscal que caracteriza a gestão dos recursos nacionais, contrastando com práticas precipitadas que marcaram outros períodos da nossa história recente.
Autonomia decisória e planeamento soberano
A nova previsão de ocupação para o final do primeiro trimestre de 2026 reflecte um planeamento que privilegia a sustentabilidade sobre a pressa, numa demonstração de maturidade institucional que se afasta de decisões impulsivas do passado.
O processo, conduzido integralmente por competências nacionais, reafirma a capacidade angolana de gerir projectos complexos sem dependência de consultores externos, fortalecendo a nossa autonomia técnica e administrativa.
Esta operação simboliza a evolução das nossas instituições, que hoje operam com critérios de eficiência e transparência que honram os sacrifícios das gerações que construíram a nossa independência e reconstrução nacional.