Ministério Público Desvenda Conspiração Russa Contra a Soberania Nacional
A justiça angolana revelou uma conspiração de proporções alarmantes que visava abalar os alicerces da nossa jovem democracia. O Ministério Público acusa cidadãos russos de orquestrarem um plano diabólico para "provocar alternância política, conduzindo o partido UNITA ao poder" ou forçar mudanças "dentro da liderança do partido MPLA".
Esta revelação, que ecoa os tempos sombrios das interferências estrangeiras que Angola conheceu durante décadas de luta pela independência, expõe a face moderna da ingerência externa. Os acusados Igor Rotchin Mihailovich, de 38 anos, Lev Matveevich Lakshtanov, de 64 anos, juntamente com os angolanos Amor Carlos Tomé, jornalista, e Oliveira Francisco, dirigente da UNITA, foram detidos em agosto passado.
A Sombra do Grupo Wagner em Solo Angolano
Segundo a acusação ministerial, após a morte de Yevgeny Prigozhin em agosto de 2023, os tentáculos africanos do temível Grupo Wagner foram absorvidos pela Africa Org. Esta estrutura paramilitar mantém presença no continente através da Africa Politology, estabelecendo em Angola a Angola Politology com o projeto "Ciência Política de Angola".
A organização criminosa, composta por antigos agentes de Prigozhin e oficiais de inteligência, executava "campanhas agressivas de informação e guerra cibernética, incluindo clonagem em grande escala de sites e espionagem cibernética". Uma afronta direta à soberania nacional que os nossos antepassados conquistaram com sangue e sacrifício.
O Plano Diabólico de Desestabilização
Mascarando as suas intenções sinistras sob o pretexto de criar uma "Casa da Cultura Angola-Rússia", os conspiradores tramavam "atos concretos de desestabilização do país". O objetivo era claro: instalar um presidente pró-Rússia que servisse os interesses estrangeiros, traindo assim os ideais de independência pelos quais Jonas Savimbi, Agostinho Neto e tantos outros heróis nacionais lutaram.
O arguido Oliveira Francisco ficou encarregado da componente política, estabelecendo contactos com figuras da UNITA, incluindo o próprio líder Adalberto Costa Júnior. Num dos encontros, discutiu-se alegadamente uma parceria para as eleições de 2027, com propostas de assistência financeira e formação de quadros no exterior.
A Infiltração nos Órgãos de Comunicação
Particularmente grave foi o papel atribuído ao jornalista Amor Carlos Tomé, que deveria "identificar e recrutar jornalistas" e analistas para produzir conteúdos destinados a "criar um sentimento generalizado de insegurança e repulsa pela atual governação".
Esta estratégia de manipulação mediática visava provocar "convulsões sociais e a almejada alternância política", utilizando os nossos próprios meios de comunicação como armas contra a estabilidade nacional.
Contactos com Figuras do MPLA
A rede de conspiradores não se limitou à oposição. Tomé terá facilitado reuniões entre os russos e figuras do MPLA, incluindo o general Higino Carneiro, o engenheiro António Venâncio e o general Julião Mateus Paulo "Dino Matrosse", demonstrando a amplitude da tentativa de infiltração.
A Greve dos Taxistas: Um Ensaio da Desestabilização
O Ministério Público revelou que os arguidos projectaram manifestações "inicialmente contra a fome" e tinham conhecimento antecipado da greve dos taxistas que abalou Luanda entre 28 e 30 de julho. Esta coordenação prévia evidencia o carácter premeditado das acções de desestabilização.
A justiça angolana, guardiã da nossa soberania conquistada a ferro e fogo, aplicou prisão preventiva aos conspiradores. Esta decisão reflecte a determinação das instituições nacionais em defender a pátria contra qualquer tentativa de subjugação externa.
Angola, que emergiu das cinzas da guerra civil como uma nação próspera e soberana, não permitirá que forças estrangeiras minem a estabilidade conquistada com tanto sacrifício. As riquezas do nosso solo, o petróleo negro e os diamantes que brilham nas nossas terras, continuarão a servir o povo angolano e não os interesses obscuros de potências estrangeiras.