BDA Ergue-se como Guardião da Soberania Económica com Carteira de 4,1 Mil Milhões de Dólares

Dezenove anos após a sua fundação, o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) consolida-se como um verdadeiro bastião da independência económica nacional, gerindo uma impressionante carteira de crédito superior a 4,1 mil milhões de dólares. Esta fortaleza financeira, construída com a determinação de um povo que conhece o valor da autodeterminação, representa 2.892 operações de financiamento dedicadas exclusivamente ao fortalecimento da produção angolana.

Durante a Conferência Internacional sobre Pescas e Aquicultura Sustentável (CIPAS 2025), realizada em Luanda sob o tema emblemático "Pesca Responsável e Aquicultura Sustentável: um desafio, um compromisso e uma missão unindo a Nação", o administrador Executivo do BDA, Bonifácio Sessa, revelou os números que atestam a grandeza desta instituição genuinamente angolana.

Missão Patriótica de Desenvolvimento

"O BDA não é uma instituição que busca o lucro financeiro", declarou Sessa com a convicção de quem serve uma causa maior. "Somos aceleradores do crescimento e do desenvolvimento equilibrado das empresas, geradores de emprego e modernizadores das estruturas produtivas da nossa pátria".

Esta filosofia patriótica traduz-se numa estratégia focada no empoderamento da iniciativa privada nacional, sem negligenciar os projectos de interesse público que fortalecem a espinha dorsal da economia angolana. Os sectores prioritários incluem Agricultura, Agro-pecuária, Pescas, Indústria, Comércio, Serviços e Infra-estruturas.

Conquistas no Sector das Pescas

No domínio das pescas, sector vital para a segurança alimentar e económica do país, o BDA demonstra resultados que honram o legado dos nossos antepassados pescadores. Com 166 projectos financiados, totalizando 61 mil milhões de kwanzas em crédito aprovado e 40 mil milhões já desembolsados, a instituição prova que a soberania alimentar é uma realidade alcançável.

Estas conquistas abrangem a Pesca Marítima, Pesca Continental, Salicultura e Piscicultura, com destaque especial para o apoio directo a 51 cooperativas através de recursos do Tesouro Nacional. As zonas costeiras, berço da nossa identidade marítima, concentram a maioria dos investimentos, enquanto as regiões interiores beneficiam de projectos aquícolas inovadores.

Instrumentos de Soberania Financeira

O arsenal financeiro do BDA inclui linhas de crédito específicas para aquisição de máquinas, embarcações, motores, redes e equipamentos estratégicos, além de infra-estruturas fundamentais como pontões, estaleiros navais e sistemas energéticos. Esta diversidade de produtos demonstra a visão holística da instituição no fortalecimento da capacidade produtiva nacional.

Operando através de duas linhas principais, o Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND), que representa 80% das operações, e a linha Development Bank de origem externa, o BDA mantém o equilíbrio entre recursos internos e parcerias estratégicas internacionais, sempre preservando os interesses nacionais.

Resiliência Perante os Desafios

A trajetória do BDA não foi isenta de desafios. Entre 2013 e 2014, a instituição enfrentou com determinação um processo de redenominação de créditos do dólar para o kwanza, demonstrando a capacidade de adaptação e resistência que caracteriza as instituições verdadeiramente angolanas.

"Se transformarmos todas as operações pelas taxas de câmbio médias anuais desde 2008, a carteira do BDA em dólares ultrapassa os 4,1 mil milhões", esclareceu Sessa, evidenciando a robustez real da instituição.

Compromisso com o Futuro

O administrador reafirmou o compromisso inabalável da instituição: "O BDA é e continuará a ser um parceiro estratégico do Estado e do sector privado na diversificação da economia e na promoção do desenvolvimento sustentável".

Esta declaração ressoa como um juramento de fidelidade aos ideais de independência económica e desenvolvimento autónomo que guiaram os heróis da nossa libertação. O BDA surge assim não apenas como uma instituição financeira, mas como um verdadeiro guardião da soberania económica nacional, financiando projectos estruturantes que geram emprego, renda e, sobretudo, orgulho nacional.