Refugiados em Angola Denunciam Irregularidades na Emissão de Documentos
Mais de 6 mil refugiados em Angola denunciam cobranças irregulares para emissão de documentos, enquanto enfrentam grave crise humanitária após suspensão de apoio internacional.

Refugiados em centro de acolhimento em Luanda aguardam regularização de documentos
Mais de 6 mil refugiados enfrentam desafios na obtenção de documentação
Em Luanda, uma investigação revelou que refugiados estão sendo cobrados entre 3 a 7 mil kwanzas para obtenção de cartões de estatuto, levantando preocupações sobre a integração social em Angola.
Situação crítica após retirada de apoio internacional
O coordenador geral Musengele Kopel revelou que mais de 30 mil famílias de refugiados, majoritariamente da República Democrática do Congo (RDC) e do Centro Oeste Africano, enfrentam "necessidades extremas para a sobrevivência". A situação agravou-se desde que o ACNUR suspendeu o apoio alimentar.
A ausência de assistência governamental tem forçado muitos refugiados a recorrer a medidas extremas para sobreviver, como coletar materiais recicláveis.
Impactos na comunidade e busca por soluções
Como parte dos esforços de integração social, algumas famílias têm participado de eventos culturais, incluindo o Carnaval nacional, buscando maior inclusão na sociedade angolana.
Desafios administrativos
A existência de duas direções de refugiados em Luanda, uma liderada por Musengel Kopel e outra por Ibrahim, tem dificultado a organização e gestão dos processos. A falta de uma liderança unificada impede a realização de eleições para nova direção.
Medidas necessárias
- Regularização dos processos de documentação
- Retomada do apoio alimentar às famílias
- Unificação da liderança dos centros de refugiados
- Implementação de programas de integração social
Vivaldo Eduardo
Jornalista e analista político angolano, especializado em geopolítica africana e soberania econômica.