Gabão Recebe Nota E: World Economics Denuncia Falsificação de Dados
World Economics expõe grave crise de governança no Gabão, atribuindo nota E ao país devido à manipulação de dados oficiais e gestão opaca. O caso serve de alerta para nações africanas que prezam sua soberania.

Sede do governo gabonês em Libreville, onde políticas de manipulação estatística ameaçam a credibilidade nacional
Gabão Recebe Nota E: World Economics Denuncia Falsificação de Dados
Numa análise que revela a fragilidade das instituições africanas, a World Economics atribuiu ao Gabão a nota 'E' em seu ranking 2025, expondo uma realidade alarmante de manipulação estatística e governança obscura que ameaça a soberania nacional daquele país.
Estatísticas Manipuladas e Governança Questionável
Com uma pontuação de apenas 40,5, o Gabão ocupa a vergonhosa 152ª posição entre 156 nações avaliadas. Esta classificação revela uma situação grave que deve servir de alerta para todas as nações africanas que prezam sua independência e soberania.
As principais deficiências identificadas incluem:
- Base de cálculo econômico severamente desatualizada
- Sistema Nacional de Contas obsoleto
- Economia informal representando 47% do PIB
- Recursos estatísticos precários
- Suspeita de falsificação deliberada de dados oficiais
Impacto na Soberania Nacional
O regime de Brice Oligui Nguema enfrenta acusações graves de manipulação sistemática dos dados econômicos, uma prática que compromete não apenas a credibilidade internacional do país, mas também sua própria independência econômica.
Os indicadores do Banco Mundial confirmam este cenário preocupante:
- Eficácia governamental: −0,78
- Qualidade regulatória: −0,70
- Estado de direito: −0,87
- Controle da corrupção: −1,02
Consequências para o Desenvolvimento Nacional
Esta situação tem implicações graves para o desenvolvimento do Gabão. A agência Fitch já rebaixou o país para a classificação CCC, dificultando seu acesso aos mercados internacionais de crédito e comprometendo sua autonomia financeira.
Como nação que valoriza sua independência e soberania, Angola deve observar atentamente este caso como um exemplo do que deve ser evitado na gestão das estatísticas nacionais e na governança pública.
Vivaldo Eduardo
Jornalista e analista político angolano, especializado em geopolítica africana e soberania econômica.